quarta-feira, 13 de julho de 2011

E aí, Iberê?

Um lugar que da para abusar tirando fotos em Porto Alegre é a Fundação Iberê Camargo. Localizada às margens da imensa banheira de chocolate, mais conhecida como Guaíba, a sede atual da Fundação foi inaugurada em maio de 2008 e só pelo seu projeto arquitetônico já chama a atenção de quem passa pela Avenida Padre Cacique, indo em direção ao Barra Shopping Sul (eu ainda me localizo em Porto Alegre pelos shoppings, pode parecer bobo, mas pelo menos não me perco).




Duas exposições estavam acontecendo quando fui: "A linha incontornável - uma aproximação ao desenho de Iberê Camargo", que continua até 30 de outubro, e "Iberê Camargo e o ambiente cultural brasileiro do pós-guerra", que fica até dia 28 de agosto. Então ainda da tempo de ir e é de graça :)



Em ambas exposições os trabalhos de Iberê prevalecem. Aliás, "A linha incontornável" tem desenhos apenas do artista, desde quando era criança até seus últimos esboços pouco antes de sua morte em 1994.



Um fato curioso da vida do Iberê é que ele matou uma pessoa e foi pra prisão na década de 80. Vou colar aqui o que diz na wikipédia:

"No dia 5 de dezembro de 1980 ocorreu a maior tragédia na vida de Iberê Camargo: o pintor deixou o ateliê mais cedo, à procura de uma loja de cartões natalinos, e quando dobrava uma esquina no bairro de Botafogo, parou para observar a discussão de um casal. O marido, vestindo apenas um calção, irritou-se: "O que é que está olhando?" Após um empurra-empurra, Iberê e o desconhecido caíram no chão. Assustado, Iberê sacou a arma e matou o homem. Detido na hora, passou um mês na prisão, até receber habeas-corpus."

Este fato inspirou alguns desenhos do cárcere e dos colegas de prisão:



Na outra exposição é possível encontrar obras do Iberê e também de outros artistas do período pós-guerra.




Minha preferida! Adoraria colocar na minha sala, ficaria liiindo!


Um probleminha do Iberê é que os trabalhos dele não são nada sustentáveis, a quantidade que ele usa de tinta é absurda, isso porque ele constrói a obra pintando, depois destrói e constrói de novo e assim vai. Tá, isso não é um problema, mas que ele usa tinta, ô se usa. Observem as camadas:



Achei um vídeo dele criando, tem apenas um minuto, vale olhar:


No final do passeio fui na lojinha.




Tudo isto está dentro de uma bela e grandiosa construção, simples e ao mesmo tempo complexa. Gosto bastante.




 


Até o estacionamento é conceitual, mas pra entrar tem que pagar.


Beijo grande ;*

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