Na volta do trabalho, como de costume, peguei um rickshaw para voltar pra casa. No meio do caminho o rickshaw driver pediu para parar no posto de gasolina, “one minute”, ele disse. Concordei, aproveitei para trocar o meu dinheiro e disse para ele “2 minutes, baia, vegetables”, e apontei para a banca de vegetais em frente ao posto. Rapidamente escolhi o que iria cozinhar hoje à noite, um pouco de vagem, tomate, couve-flor e cenouras pela bagatela de 20 rupias e, de lavada, comprei duas bananas por 5 rupias. Voltei para o meu acento e um jovem homem surgiu ao meu lado e disse “me, station”. Ele queria uma carona para estação de trem, que eu iria passar de um jeito de outro, concordei, afinal, eu também já pedi carona de rickshaw por aqui. O homem sentou ao meu lado e começou com as curiosas perguntas dos indianos “which country”, “where work” e “where live”. Eu respondi “Brazil, Andheri”. Tivemos uma conversa monossilábica de alguns minutos e ele pediu meu telefone para praticar o inglês comigo. Eu não ia dar o meu telefone, mas também não fui rude, apenas disse “no, sorry” e continuamos com a nossa conversa.
Poucos segundos depois o rickshaw pifou, tivemos que descer, e o motorista queria me cobrar a mais. Calmamente pedi o cartão do meter, mostrei para ele quanto que eu deveria pagar realmente, ele concordou e paguei as 35 rupias. Como estava perto de casa, ao invés de tentar pegar outro rick no horário de pico, optei por fazer o restante do caminho a pé. Passei por todas as lojinhas informais, coloquei crédito no meu celular, comprei um super bonder indiano, pão e pesquisei os preços dos protetores de tela para celular. Tudo numa calma, desviando dos carros, bicicletas e vacas.
Foi neste trecho que percebi; o trânsito caótico é algo que agora consigo lidar, já tenho plena noção dos preços das coisas em geral e o povo me olhando sem parar é parte do meu dia a dia. Na minha primeira semana aqui jamais pensei que conseguiria me sentir em casa nesse país que mais parece outro planeta, mas após quase dois meses digo com toda a firmeza, estou adaptada.
E um viva para a minha janta de 20 rupias + carne de carneiro + arroz + tempero instantâneo de masala. Toda feita por mim :)
Ihhh esse arroz tá muito 'unidos venceremos' hehehe
ResponderExcluirLia, fico muito feliz de ver esse teu post de que tu está adaptada e não deixa eles te passarem pra atrás (impressionante como em todos os países os taxistas e alguns serviços gerais tentam passar a perna em estrangeiros)...aproveita muito por aí e manda notícias, estamos com saudades!!
Um beijo
Lindo o prato, Lia. Deu fome!
ResponderExcluirÉ arroz Jasmin?
Garota, que bom que tu te adaptou, que tá tudo bem e até de filme participaste. Experiências sem preço, que são tuas mas me fazem feliz também.
Beijão!
arroz unidos venceremos, o melhor! hahaha :D
ResponderExcluirre, ganho coragem todos os dias mais para brigar pelas minhas rupias. acho uma sacanagem nos passarem a perna, somos estrangeiros, não idiotas.
taty, vou continuar te fazendo feliz, to curtindo cada dia mais!
beeijos lindas!