quinta-feira, 19 de julho de 2012

A feira e suas diferenças

O meu chinês está melhorzinho, já sei falar algumas palavras e ontem (uma semana atrás na verdade, o blogger e a China não estavam deixando eu postar) consegui me comunicar  um pouco com a empregada aqui de casa e combinamos de ir na feira às 7h da matina. Acordamos às 6:30, tomamos café, pegamos o carrinho de compras e fomos. Em 10 minutos estávamos lá.

No meu primeiro dia aqui em Guangzhou eu passei nesta feira para ir até a Polícia fazer o registro e já sabia que ela era bizarra, assim como outras dessas que tive o prazer de visitar pela Ásia. Além de verduras, vegetais e frutas, eles vendem carne porque aqui não tem açougue. Até aí tudo bem, o diferencial é que os animais chegam inteiros e as “açougueiras” (“as” porque a maioria é mulher) cortam na tua frente, depilam as pernas do porco, abrem a galinha ao meio, desossam o sapo e tiram o casco da tartaruga.

Ver muitos animais vivos dentro de sacolas atordoados com o barulho, sabendo que ao chegar o próximo cliente eles vão pra panela bate de frente com o desejo de comer peixe no almoço – que por sinal estava meio vivo meio morto quando compramos.

Eram 7h da manhã, o cheiro incomodava as minhas narinas, o sangue, a sujeira e alguns ratos pelo chão faziam meus olhos desviarem o olhar para os meus pés e enquanto eu caminhava rapidamente senti algo voando no meu cabelo. Pensei “por favor, é só água”. Que inocência. Encostei a mão esquerda no meu cabelo e a realidade veio à tona: sangue e um pedacinho branco de carne. Olhei para o lado, um crocodilo estava sendo esquartejado. Respirei fundo, fundo mesmo e fomos comprar maçãs.

Sapos...

tartarugas... :(

pedaços de crocodilo e por aí vai.


Eu sei, é tipo... estranho. Perguntei aqui pra família porque eles comem tantos animais diferentes e a mãe me deu uma resposta simples “muitos anos atrás quando o país vivia na extrema pobreza, não se tinha acesso a comida, então o povo se virava com o que dava”. Pura verdade, ninguém quer morrer de fome e isso ficou na cultura deles até hoje.
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Na Índia é muito comum achar as galinhas vivas pra comprar, eles matam e depenam na hora pra ti. Na Tailândia, especificamente em Bangkok, insetos fritos com pimenta e sal são atração turística em meio a variedade de comida de rua. No Vietnam, fui numa feira estilo a chinesa e não consegui respirar, também fui a um restaurante que servia ratos e cobras, provei só o segundo. No Camboja os locais comem tarântulas como se fosse batata-frita e ovos de galinha semi-fecundados no lanche da tarde.

Venda de galinhas na Índia
Insetos em Bangkok

É, provei um grilo!

Açougue na feira, mulheres no comando no Vietnam.

Especial do sul do Vietnam, snake em pedacinhos. Um pouco emborrachada, mas gostosa.

Lanche local: tarântulas e outro inseto (talvez barata, mas não tenho certeza)

Ovos semi-fecundados. Sem comentários.


Enquanto na Índia veneram as vacas, no Brasil comemos todas as partes lambendo os beiços.
Quem podemos questionar, né?

Um comentário:

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